quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Barroco I


Acompanhando o tema nada mais digno homenagear um ilustre cidadão Satiríco que viveu há muito tempo em um lugar muito longe daqui, porém que retratou de forma significativa a sociedade em que vivia e os sentimentos que permeavam o imaginário deste ilustre Poeta: Gregório de Mattos e Guerra, o Boca do Inferno.
Esta é para quem vive com um pé no Céu e seus anjinhos, porém que nunca dispensa uma farra na esbórnia e depois fica contrito, com um peso na consciência, buscando de alguma forma uma redenção, purificação para os ´´pecados´´ carnais...!!
Gregório da uma Dica:

A Jesus Cristo Nosso Senhor

Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa piedade me despido,
Porque quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
A abrandar-nos sobeja um só gemido,
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida, e já cobrada
Glória tal, e prazer tão repentino
vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada
Cobrai-a, e não queirais, Pastor divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.



Portanto, Bateu crise na Consciência relaxa...e lembre-se:


´´Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.´´

Amém.

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