sexta-feira, 25 de junho de 2010

ELEIÇÕES PARA REITORIA – “REFLEXÃO E MUDANÇA” – Parte IV.

Outro dia me disseram energicamente que ao invés de apoiar a Chapa 03, deveria apoiar o candidato do nosso curso, argumentando em síntese que, por ele ser da faculdade será uma grande conquista para o nosso curso e sinais de prosperidade e melhorias!


Diante da pergunta, assim expus minhas reflexão.

Analisando detidamente o seu principal ARGUMENTO, desmitifico essa premissa bairrista de que se deve votar no candidato do curso, citando como exemplo o atual REITOR, que apesar de ser do CURSO DE LETRAS do Campus de Cáceres, houve na respectiva academia um verdadeiro retrocesso estrutural e pedagógico.

Isso porque, em sua atual gestão, além do FECHAMENTO DO CENTRO LÍNGUAS, o respectivo curso obteve UMA DAS PIORES NOTAS DA UNEMAT NA AVALIAÇÃO DO ENADE - NOTA 2,00 (dois), PERDENDO INCLUSIVE para o Campus de Pontes e Lacerda que obteve a nota 3,00 (três).

Em razão disso, essa premissa elementar ventilada e defendida no curso de Direito, de que REITOR do curso, é sinônimo de prosperidade ou melhoria para a academia pela qual ele é oriundo, não passa de um argumento eivado de um bairrismo ultrapassado QUE CONTRARIA O PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE estampado no Art. 37 da Constituição Federal.

E para reforçar a tese, vejamos o seguinte.

Apesar do respectivo candidato de nossa academia, mesmo sendo coordenador do Campus e estando umbilicalmente LIGADO aos poderes de sua MAGNIFICIÊNCIA REITORIA, vê-se que não houve nenhuma MELHORIA PARA O CURSO DE DIREITO, pelo contrário, nosso curso esta sem o devido reconhecimento pelo MEC desde 2008, portanto, há mais de 02 (dois) anos!

Além disso, em nosso acervo bibliotecário, até hoje não aportou nenhum livro novo, apesar de ter sido promessa de outras eleições (coordenação de campus e FADIR) à aquisição de mais de 2.000 (dois mil) exemplares.

Portanto, com qual fundamento lógico se sustenta um argumento tão néscio e bairrista como este?

Nenhum!

Ademais, ultrapassada essa questão BAIRRISTA, como acadêmico de Ciências Jurídicas, de forma alguma devo apoiar um candidato que COADUNA MORALMENTE e IDEOLÓGICAMENTE com o grupo liderado pelo Reitor Taisir Karim. Um homem que não respeita as regras institucionais e que não pauta a sua administração nos princípios basilares que regem a administração pública – LEGALIDADE, MORALIDADE, IMPESSOALIDADE, EFICIÊNCIA E PUBLICIDADE.

Minha consciência não me permite apoiar o candidato desta academia, pois INFELIZMENTE ele não se DESVENCILHOU deste grupo, não teve posicionamento político que se esperava de um JURISTA, pelo contrário, o DEBATE da semana passada provou que ele REPRESENTA um grupo que contrata TÉCNICOS sem nenhum critério objetivo de seleção, senão o da afinidade política, com o escopo puramente eleitoral conforme demonstra o trecho da decisão proferida Exma. Srª. Drª Juíza de Direito da 2º Vara Cível da Comarca de Cáceres no Processo nº 283/2010 e Cód. 99556.

Vejamos:

“Evidente a impossibilidade de superlotar a Unemat tão somente com a finalidade de que o candidato da situação tenha êxito na eleição para Reitor.”

Não dá, minha EDUCAÇÃO não permite!

Não consigo fazer como muitos Mestres Docentes estão fazendo em apoiar um candidato que NÃO SE MANIFESTA e LUTA CONTRA práticas NEPOTISTAS e CLIENTELISTA que assolam a nossa Universidade.

Portanto, inexistem razões lógicas que indiquem com seriedade, fatores que me convençam a consignar não somente o meu voto, mas a minha consciência num candidato que É APOIADO POR ESTE GRUPO, POR ESSAS MESMAS PESSOAS QUE CONTRATARAM ESSES FUNCIONÁRIOS PARA FINS ELEITORAIS!

Fica difícil acreditar numa UNEMAT com pessoas que cometem estes atos.

E finalizando minha reflexão, invoco para consolidar o MEU POSICINAMENTO POLÍTICO DENTRO DA FACULDADE DE DIREITO, a máxima de Eduard J. Couture:



“Teu dever é lutar pelo Direito, mas no dia em que encontrares em conflito o direito e a justiça, luta pela justiça.”

Ficarei certamente do lado da JUSTIÇA!

domingo, 20 de junho de 2010

ELEIÇÕES PARA REITORIA – “REFLEXÃO E MUDANÇA” – Parte III.

Quando afirmo que se presenciasse um CAVALO VOANDO no pátio da Unemat não iria me espantar, falo com propriedade! Senão vejamos.


Como se não bastasse a total falta de compromisso educacional do Diretor da Faculdade com a classe acadêmica, na última sexta-feira (18/06) fiquei impressionado com a sua tamanha falta de senso e porque não, de visão também, ao sujeitar o Presidente da O.A.B - Dr. Cláudio Stábile, a passar de sala em sala pela MANHÃ INTEIRA para pedir apoio ao seu candidato.

Não que eu seja contra tal postura, pelo contrário, acho perfeitamente viável as instituições por meio de seus representantes manifestarem o seu apoio a quem quer que seja!

No entanto, sujeitar o Presidente da Ordem a esse papel, não condiz com a força de sua representatividade e a sua devida importância.

Sua presença, caso tivéssemos um Diretor comprometido com os nossos interesses, poderia significar mais, poderia ser o momento para que a nossa academia em conjunto, talvez no EMAJ ou mesmo neste saguão, pudesse discutir além da candidatura da sua Chapa, discutir temas como os rumos da advocacia frente aos escândalos do Tribunal de Justiça, ensino jurídico, ficha limpa e etc.

Ou seja, teríamos a oportunidade de discutir com o respectivo representante máximo da Ordem dos Advogados, assuntos pertinentes a nossa área de estudo e assim enriquecer a nossa formação jurídica.

Porém, vejo que infelizmente a nossa Direção não tem essa visão, essa vocação, pelo contrário, como sempre o fez, prioriza sempre as suas conveniências políticas em detrimento do ensino jurídico que é ofertado nessa academia, que, diga-se de passagem, ainda não fora devidamente reconhecido pelo MEC.

Isso é fato!

Por outro lado, não sendo tão ingênuo, além dessa falta de visão acadêmica, que não prioriza a coletivização das idéias e o debate interno, tal episódio também serviu confirmar o “modus operandi” que a nossa direção adota para defender os seus interesses, afinal, cientes de que não podem de forma alguma REUNIR OS ACADÊMICOS NUM MESMO AMBIENTE, pois isso representaria uma verdadeira ameaça ao controle acadêmico vigente, disseminam o discurso fragmentado e evasivo, de sala em sala para evitar de todas as maneiras o florescimento de idéias que fatalmente irão contra a manutenção do “statu quo” da Universidade, que aliás, essa Direção defende vigorosamente.

Então, por força dessa tendenciosa instrumentalização fragmentada de idéias utilizada pela Direção da FADIR, pelo motivo supracitado, é que a visita do Presidente da O.A.B em nossa academia, parafraseando os Engenheiros do Hawaí, assim ficou marcada:

“EU PRESTO ATENÇÃO NO QUE ELES DIZEM, MAS ELES NÃO DIZEM NADA...”.



É uma pena, por isso reafirmo, precisamos MUDAR, senão, haja CAVALOS ALADOS!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

ELEIÇÕES PARA REITORIA – “REFLEXÃO E MUDANÇA” – Parte II.

Sempre dizia nos corredores dessa Faculdade e continuo afirmando que se algum dia visse um CAVALO VOANDO por essa Universidade não iria me espantar. Digo isso porque o que esta acontecendo em nosso curso não traduz a postura que se exige de uma FACULDADE DE DIREITO.


Isso porque, em pleno o período eleitoral, momento mais importante e ímpar da Universidade, infelizmente a maioria dos acadêmicos desta faculdade não se sentem em segurança para externar as suas opiniões, as suas idéias e o seu posicionamento político diante do atual quadro institucional.

Andam falando de lado, olhando para chão, alguns fazem até um belo teatro do sorriso colgate, tentando engolir goela abaixo e com farinha, que realmente devem ACREDITAR em tudo o que está posto. ACREDITAR que as falhas que a nossa Universidade vivencia não passam de meros ERROS pontuais e que todas as mazelas já reveladas e sob judice, também não passam de meras práticas DENUNCISTAS perpetradas por meia dúzia de loucos.

O clima é tão fascista, que dias atrás retiraram do Mural do Centro Acadêmico, uma pequena reflexão de minha autoria. Não durou uma semana!

Talvez isso seja o reflexo de tudo o que esta acontecendo nessas eleições, às forças ocultas agindo em nome da segurança e da manutenção institucional, que repito, forçam-nos a ACREDITAR que isso é bom, que é o Caminho devemos seguir para a construção de uma Universidade Popular, Autônoma e Democrática.

Por isso afirmo, diante dos gritos CALADOS de indignação e descontentamento que se ouve de acadêmicos aprisionados por essa cultura institucional vigente que não respeita a LIBERDADE, é que não me espantaria nem um pouco, ver um CAVALO ALADO no pátio da universidade, afinal, se conseguiram CALAR ACADÊMICOS DE DIREITO, o que mais falta?

Acho que precisamos MUDAR!