Me desculpem pelo termo que irei empregar.
Mais Porra, Caralho até quando?
Até Quando os poderes competentes, os togados irão ficar inertes diante da questão do consumo/comércio de substâncias entorpecentes no Brasil?
Porra, já passou da hora de realmente a questão das drogas ser discutida de forma séria e sem hipocrisia, sendo que, o que tem sobrando aí, são discussões em que o consumo de drogas não é encarado como um hábito infelizmente ja incorporado em nossa Sociedade!
Sabe, todo mundo usa, o juiz que julga, o promotor que acusa, o médico que atende, o legislador que elabora as leis. O consumo esta generalizado, só não vê que não quer, e o pior disso tudo, quem paga realmente a conta, são as classes menos favorecidas, o jovem da periferia que infelizmente esta abarrotando as cadeias públicas deste país.
Isso é o que me deixa PUTO, essa hipocrisia velada pela sociedade...È Foda.
Precisamos rediscutir nosso modelo de combate as drogas, e a força do Direito não pode ficar inerte diante este quadro, eis a mensagem do artigo.
O Direito é força viva, chama permanente que ilumina os caminhos da sociedade, pacificando os conflitos existentes, onde por meio da luta se consolida as bases democráticas, viabilizando maior garantia e liberdade para que o homem possa irradiar as suas manifestações.
Portanto, a luta, o debate e o enfrentamento são elementos indispensáveis para o aperfeiçoamento do Estado Democrático de Direito, cuja finalidade é assegurar a liberdade, igualdade e a responsabilidade da conduta de seus cidadãos perante a Lei maior, a Constituição.
No entanto, devido á sistematização do modelo econômico, juntamente com o aparelho ideológico dominante, as instituições democráticas de direito alienaram as suas prerrogativas para manutenção do ´´status quo``, burocratizando o processo evolutivo social e jurídico, além de inviabilizar espaço e condições necessárias para que se discutam realmente as chagas sociais deste país. E a conseqüência disto, é a total ineficiência do poder público na resolução dos diversos problemas sociais, onde neste aspecto, o tráfico de entorpecentes ocupa lugar de destaque.
Diante desta realidade velada por um culturalismo inconseqüente e insensível as transformações sociais, maior parcela da sociedade brasileira é vitima desta hipocrisia, cuja mazela tem dizimado milhares de vidas e, diga-se de passagem, a juventude brasileira.
É fato, a violência no Brasil tem crescido exponencialmente, atingindo todas as camadas sociais, seja A, B, C ou D, da ponta da pirâmide social até a sua base, somos vitimas desta catástrofe dantesca.
Basta analisar as páginas dos jornais; o centro gerador das barbáries sociais é o ´´tráfico de entorpecentes``, a comercialização destes produtos tem ceifado milhares de vida, além de se infiltrar como elemento corruptor nos demais poderes do Estado, seja ele no Judiciário, Legislativo ou Executivo.
A lucratividade deste comércio é de tal imensidão, que ela é capaz de financiar todas as demais atividades ilícitas: contrabando de armas, formação de quadrilhas, lavagem de dinheiro, financiamento de campanhas eleitorais, a corrupção do poder judiciário e dos órgãos de segurança pública entre outros reflexos perniciosos, que ao final da história, quem acaba pagando a conta, é justamente as classes sociais menos favorecidas e a sua juventude.
Busca-se uma solução para este problema, aumentando o poder repressivo estatal, limitando as liberdades individuais, maciços investimentos nos órgãos de segurança pública, parcerias públicos privadas, enfim, uma infinidade de medidas que tem demonstrado o seu fracasso. E diante isto, por que as instituições democráticas não convergem o debate para o cerne da questão, a comercialização das drogas?
Ora, a existência de um comércio de produtos ilícitos, é visualizada de modo á atender as necessidades de um público abstrato, mas que detêm um alto poder de consumo, e que devido à satisfação pessoal e física destes usuários, toda a sociedade se responsabiliza por esta conduta.
Configura-se então, o panorama desta cadeia produtiva, verifica-se todo um processo, desde a produção, o transporte e por fim a comercialização, tendo como alvo um mercado em total fase de expansão, gerando dividendos exorbitantes que atraem sujeitos de todas as classes sociais para serem sócios partícipes desta atividade, o tráfico de drogas.
É frente esta realidade social, que insurge críticas ao modelo de combate ao tráfico de drogas, afinal, quais são os resultados positivos desta guerra?
Certamente, são mínimos e, infelizmente nota-se que as políticas públicas para o tema estão eivadas de interesses escusos, ou seja, políticas elaboradas de forma unilateral, distantes da realidade brasileira e velada por um moralismo hipócrita, cuja finalidade é somente atender aos interesses de quem está envolvido direta ou indiretamente com o tráfico de drogas.
Portanto, é hora de repensar o modelo posto, rediscutir com a sociedade de forma democrática um sistema capaz de reverter o caos vivenciado por todos, convertendo este problema de saúde pública num instrumento capaz de potencializar as qualidades pessoais do dependente, onde o seu respectivo tratamento poderá resultar em produções artísticas, culturais, econômica e intelectual, alterando assim, o foco punitivo repressivo do Estado em se tratando de Segurança Pública.
Por isso, a necessidade de rediscutir este modelo é vetor componente para o processo de evolução Democrática, pois a forma instituída de combate e repressão ao tráfico de drogas esta na contramão da Democracia, contrariando as suas diretrizes, que é assegurar a segurança coletiva e potencializar as liberdades e garantias individuais calcadas na responsabilidade de cada cidadão e não o contrário.
É preciso repensar, e o Direito não pode ficar inerte diante essa realidade.
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